Esses dias tive um privilégio de ler um artigo sobre : " Notas sobre a experiência e o saber de experiência" . O artigo nos remete a pensar a educação a partir do par: " experiência/sentido".
Vivemos em uma sociedade capitalista, egoísta, que todo conhecimento produzido tem interesses próprios. Uma sociedade de consumo, sedenta pela busca do conhecimento; gerando um sujeito informado, que opina, e muitas vezes chega a serem criticos e imperativo, ou seja, donos da verdade e muito seguros de si.
Esse contexto que somos inseridos, exige de nós profissionais a ocupar um lugar que sufoca o tempo para reflexão, ou até mesmo para silenciar... um exercicio fundamental acredito, para aprender através das experiências.
Pouco se pensa no sentido que se dar as experiências... Buscamos sempre respostas rápidas e prontas, buscamos mecanismos e receitas prontas e curativas para trazer significados as nossas dores e frustrações...
Com essa velocidade o mundo nos coloca, a falta desse silêncio, nos impossibilitando um dialogo consigo.
Considero esse processo, inimigos mortais da ressignificação das experiências... Por isso repetimos nossos fracassos.
Isso é triste...
Delegamos ao Outro, nossas questões por pensar que não damos conta de nossa subjetividade...
Tudo porque não gastamos um tempo consigo e com os outros. É quase impossível se pensar na possibilidade de: parar, refletir, parar para olhar, parar para sentir, parar para ouvir, pensar mais devagar, demorar-se nos detalhes, agir assim acredito que é impossível para esse sujeito moderno.
Um sujeito que se diz tão produtivo e ativo, mas na verdade é passivo em seu amadurecimento; não se atentando para coisas que acontecem ao seu redor. Que são singulares e únicas... e que muitas vezes não voltam mais.
Pense nisso...
Valorize suas experiências, desenvolva um olhar aos detalhes.
Patricia Brasil.
