Educando nos dias de hoje!
Estamos passando por uma mudança
de paradigmas, por uma fase em que os saberes não são mais exclusividade de
quem ensina, tanto quanto seres humanos quanto como educadores. O papel do
educador é muito mais o de um facilitador e orientador do processo de
desenvolvimento do(s) outro(s). O objetivo do educador é o de oferecer
instrumentos ao educando para que ele possa procurar dentro de si e no mundo
externo, as informações necessárias para o seu crescimento. O
educador/facilitador é um alavancador de novos rumos, motivador para a mudança,
auto-conhecimento, auto-transformação e reformulação de valores. O papel do
educador é o de levantar questionamentos que “provoquem” e “desequilibrem”
seu(s) interlocutor(es), em prol da mudança.
Não é um acontecimento
instantâneo e sim um processo, onde para cada indivíduo ocorre a partir de
eventos ou fatos muito particulares. A partir de um desconforto, de um sentimento
de que as coisas não estão certas do jeito que estão para mudar precisamos nos
desvencilhar de idéias preconcebidas, formas viciadas de relacionamento, para
reconstruir, tijolo por tijolo, nossa nova forma e, aos poucos, ir experimentando
qual é o clima que darei a cada encontro, a cada oficina, a cada aula. Quais as
bases de pensamento sobre as quais irei “sentar”, me alimentar e dormir; ou
seja, os novos paradigmas que irão servir de norte para o meu novo
comportamento, minha nova postura; que estilo irei adotar.
Se refletirmos a respeito de :
-que estilo quero
adotar(filosofia)
-o que é essencial para mim
(meus valores) e o que é superficial (justificativa)
-o que quero nesta nova fase
(meus objetivos)
-como vou apresentar essas
questões (metodologia)
-que materiais vou utilizar
Avaliar o que está confortável, o
que está prático, ir fazendo os pequenos ajustes para ir adequando o meu espaço
ao meu jeito. A minha filosofia de trabalho às necessidades de todos aqueles
que moram comigo ou vem me visitar. Vamos refletir à respeito da postura do
educador até os dias de hoje:
- autoritária, centrada em um único indivíduo, considerado “detentor dos saberes”, dono da verdade;
- unilateral, no sentido de não ter flexibilidade, utilizando e repetindo velhas fórmulas ou receitas sem atentar para as necessidades daqueles a quem nos dirigimos;
- o seu maior objetivo é ensinar, informar, transmitir conhecimentos;
- considera o outro como uma tábua rasa que deveria incorporar, adotar os seus saberes incontestáveis;
- abomina o conflito Parceiro realizador Parceiro empreendedor;
- condena e rejeita o erro;
- avalia, taxa e classifica o bom e o ruim, o melhor e o pior
Vamos fazer agora, uma reflexão a
respeito da postura do novo educador, facilitador do processo do outro:
- ele ouve, observa e reconsidera o processo de desenvolvimento do seu aluno/educando/aprendiz;
- reflete a respeito da sua própria prática, recriando-a em função das necessidades do(s) seu(s) interlocutor(es): avalia o seu processo e postura;
- reconstrói junto com o(s) outro(s) os saberes;
- é flexível e aberto para a mudança;
- trabalha a partir dos conflitos, procurando caminhos para resolvê-los;
- utiliza o erro como alavanca e desafio para novas aprendizagens;
- o seu maior objetivo é formar, propiciar a abertura de canais no outro ;
- oferece ferramentas para que o outro possa ser ele mesmo, se descobrir, expressar-se.
Baseado No texto de Adriana
Patricia Brasil.
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