Mais um vez estou atravessada por sentimentos do não vivido...
Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
Mas das coisas que foram sonhadas, desejadas...
E não se cumpriram.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer,
Apenas agradecer por termos conhecido
Uma pessoa tão bacana,
Que gerou em nós um sentimento intenso
E que nos fez companhia por um tempo razoável,
Um tempo feliz. Por mais que fosse pequenos espaços...
Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos
O que foi desfrutado e passamos a sofrer
Pelas nossas projeções irrealizadas,
Por todas as cidades que gostaríamos
De ter conhecido ao lado do nosso amor
E não conhecemos,
Por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos,
Por todos os shows e livros e silêncios..
Que gostaríamos de ter compartilhado,
E não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados,
Pela eternidade.
Pelos os desafios de viver juntos que jamais foram vivenciados...
Enfim, Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo,
Mais me convenço de que o Desperdício da vida
Está no amor que não damos,
Nas forças que não usamos,
Na prudência egoísta que nada arrisca,
E que, esquivando-se do sofrimento,
Nos não ditos que continuaram com o desejos de ser ditos...
Perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional.
(Alguns trechos de Carlos Drummond de Andrade)
"Não importa o que fizeram comigo, o que importa o que estou fazendo com aquilo que fizeram comigo" (Pr. Pedro Eugênio).
Patricia Brasil.
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